No bairro de Alfama os eléctricos amarelos cantavam nas
Calçadas íngremes.
Havia duas cadeiras. Uma delas era para ladrões.
Eles acenavam através das grades.
Gritavam que lhes tirassem o retrato.
"Mas aqui", disse o revisor e riu à sucapa como se cortado ao meio
"aqui sentam-se os políticos". Eu vi a fachada, a fachada, a fachada
e lá em cima um homem à janela,
tinha um óculo e espreitando para além do mar.
A roupa branca pendia no azul. Os muros quentes.
As moscas liam cartas microscópicas.
Seis anos depois, perguntei a uma senhora de Lisboa:
“será real ou só um sonho meu?
(Tradução do sueco para alemão por Hans Grössel)
Tradução do alemão para português por Luís Costa
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